01/04/19

Afinal, a que serve a sala de aula?

    Ao longo da prática docente, em muitos momentos, percebemos que há certo burburinho na sociedade sobre os sentidos da escolarização formal e como deve ser realizada. Alguns, sentem-se tentados a questionar a utilidade de certos convívios e práticas nesse processo de ensino e aprendizagem, tão importante junto aos saberes que acumulamos como nosso repertório social ao longo da vida.
    Entretanto, diante de um dos grandes debates do nosso tempo, erigido sobre a pauta da pertinência e a que serve a sala de aula, acredito que temos que refletir um pouco mais sobre tudo isso. O processo de ensino e aprendizagem não pode ser resumido aos novos tempos de tutoriais, canais de apoio instrucional e novas linguagens para a produção do conhecimento. Estes são caminhos extremamente válidos e importantes no processo de aprendizado atual, mas não encerram, ou mesmo alteram, algo que a sala de aula nos permite promover: a construção coletiva do conhecimento pelo processo de compartilhar saberes em um espaço que propõe mantermos a prática da comunicação real, além de garantir o reconhecimento do processo de formação como algo a ser produzido em conjunto, inclusive, entre limites, desafios e avanços que a relação entre os próprios estudantes e entre estudantes e professores permite que seja possível valorizar como uma dinâmica que importa na prática de ensino e aprendizagem, isto é, todos nós estarmos envolvidos em um projeto de apreender, auxiliar outros nesse processo e aprimorar caminhos, abrindo possibilidades ao conhecimento exercitando, colaborativamente, diversas chaves de acesso à análise e formulação de saberes.
    Para mim, essa é uma experiência insubstituível.
   Em alguns momentos um percurso sinuoso, pois os desafios de ensino e aprendizagem em sala de aula expõem fragilidades e limites, mas exaltam nosso caminhar, corrigem rumo e permitem melhorarmos como seres humanos e na construção de um futuro com aptidões a serem destrinchadas.
   A sala de aula exige um processo contínuo de autoavaliação (de todos os envolvidos) e isso já é acrescentarmos inovações e novas práticas ao nosso convívio social e ampliar o fluxo de prospecções. Não discutimos apenas conteúdos, mas procuramos a possibilidade de contribuir para sermos seres humanos melhores, na integralidade de nossas vidas.
    A sala de aula ainda pulsa. 


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