Essa edição
começou enfrentando as peculiaridades de um calendário pós-greve. Portanto, procuramos adequar as atividades e discussões à essa dinâmica de tarefas ordinárias de estudantes e professores.
No segundo semestre de 2015
realizamos oficinas com os estudantes da Graduação e Pós-Graduação em História,
utilizando de produção cinematográfica (filmes e documentários) para propor a
análise sobre as propostas fílmicas e as ações dos historiadores. Com esse interesse,
avaliamos a) qual o projeto de produção (intenções), b) imagens produzidas sobre
os sujeitos em cena (como discutimos e apresentamos os sujeitos históricos), c)
eixo norteador da proposta (problemática que baliza investigações e
produções) e d) que suposto teórico e metodológico fundamenta ações, intervenções e projetos.
O trabalho com audiovisual permitiu
aproximar a linguagem cinematográfica enquanto fonte possível para nossos
debates e proposições, não só nas oficinas, mas para inseri-lo como parte
importante dentre os materiais de diálogo em sala de aula e na abordagem de
certas problemáticas investigativas. Discussões sobre o trabalho com entrevistas e
imprensa, sobre noções de memória, uso do tempo histórico e diálogo com o nosso interlocutor foram
pontos tangenciais dessa reflexão assim como o debate com textos para enfocar a
relação interdisciplinar e as distinções de procedimentos de pesquisa e de
formulação da problemática na escrita historiográfica (seja para a academia
seja para outros espaços de atuação). Tudo isso trouxe novo fôlego para os encontros em que propusemos identificar caminhos metodológicos para chegarmos à reflexão do como e para que realizamos nossos trabalhos frente às dificuldades da escrita e inserção no trâmite historiográfico.
Essa edição contribuiu para
iniciarmos um novo momento do projeto, pautado na divulgação e ampliação do nosso
contato com os profissionais de história. O que ganha efetividade agora pela página do "Em Evidências", pois consideramos
que deste modo o contato e a possibilidade de socializarmos e pensarmos
coletivamente sobre o uso e produção de fontes no ensino de história será mais
qualitativo e mais desafiador frente ao universo de questões que nos intrigam
e nos pressionam sobre a atuação e o que produz o historiador socialmente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário